A origem da auditoria foi, em muito, discutida de forma rigorosa pelos especialistas, mas, no entanto, ainda torna-se importante relacioná-la com o início das atividades económicas desenvolvidas pelo homem, conforme retrata Boynton et.al (2002):
“Auditoria começa em época tão remota quanto à
contabilidade. Sempre que o avanço da civilização tinha
implicado que a propriedade de um homem fosse
confiada, em maior ou menor extensão, a outra, a
desejabilidade da necessidade de verificação da
fidelidade do último tornou-se clara”.
Assim, constata-se que, desde os primórdios, no antigo Egito havia a necessidade de se ratificar as atividades praticadas, tais como a verificação dos registos de arrecadação de impostos; e inspecções nas contas de funcionários públicos, estas na Grécia (BOYNTON et.al, 2002).
Então percebe-se o porquê que o cargo de auditor foi criado na Inglaterra, em 1314, visto a potência económica desse país desde a época das colonizações, que se tornaria, séculos depois, o berço do capitalismo com a Revolução Industrial.
A grandeza económica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como consequência do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do envolvimento do interesse da economia popular nos grandes empreendimentos (Crepaldi, 2004: 105).
Assim, já ao alcançar um maior grau de evolução, a auditoria de empresas começou com a legislação britânica, promulgada durante a Revolução Industrial, em meados do século XIX (Boynton et.al 2002). A partir daí, pode-se elaborar um retrato de todo processo de evolução da auditoria.
O marco da necessidade de aprimoramento no sistema contabilístico e, por conseguinte, da auditoria, ocorreu em 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, visto que muitas empresas não tinham transparência e consistência nos seus dados financeiros, contribuindo, assim, com a já conhecida crise mundial. Houve, a partir daí, a necessidade de se mitigar as falhas nas divulgações contabilísticas das empresas, tendo como um dos primeiros passos, a criação do Comité May, que atribuía regras para as instituições que tinham as suas acções negociadas em bolsa de valores, tornando-se obrigatória a auditoria independente das demonstrações contabilísticas.
Desta maneira, com o surgimento dos órgãos supracitados, a auditoria estaria mais do
que nunca, se fundido, gradativamente, junto ao desenvolvimento económico mundial para o alcance do status de colaboradora para a continuidade das empresas, contribuindo diretamente no aprimoramento do processo de governação corporativa, amenizando, assim, sua aparência histórica de somente gerar custos para a entidade.
FONTE: Adaptado de Marcela Soares Pacheco et all, http://www.ead.fea.usp.br/semead/10semead/sistema/resultado/an_resumo.asp?cod_trabalho=204 acedido a 8 de Fevereiro de 2011.